Atividades transversais
CinePhilo - Paixões pelo cinema do mundo: educar pensando e criando imagens
Maximiliano Lopez (UFJF) e Thereza Didier (UFPE)
11/09 (segunda-feirCa), 19h – 21h
Em O Ato de Criação, Deleuze (1987) se pergunta: O que é ter uma ideia em cinema? O que é ter uma ideia em filosofia? O que significa ter uma ideia? Nós, prosseguimos e perseguimos com suas questões: O que é ter uma ideia em educação? O que acontece quando um educador tem vontade de filosofar ou quando um filósofo tem vontade de educar? O que acontece quando filósofos e educadores têm também vontade de fazer cinema? O que acontece quando se dão esses encontros e esses desejos? E o que viver junto pode ter a ver com isso? O CinePhilo busca colocar o ordinário da educação sobre um plano de abertura produzido pelo cinema pensado como arte de desfazer as correspondências entre ver e falar, entre conteúdo e expressão, criando assim outros modos de pensar em educação a partir do ato de tornar indiscernível a verdade e a ficção, falseando o que é considerado verdadeiro e produzindo discursos que permitam falar os povos futuros, habitantes de um deserto sem sujeitos.
Aula Aberta: Movimentos aberrantes do pensamento e as políticas do fim do mundo
Peter Pál Pelbart (PUC-SP)
12/09 (terça-feira), 19h – 21h
Resumo: Para onde apontam as manifestações políticas recentes? Como enxergar a evidente recusa apresentada pelos movimentos de resistência e suas lutas no fim do mundo? A ideia aqui é problematizar a dificuldade que as políticas de educação e sua reflexão filosófica têm para lidar com as novas formas de protestos, suas pautas e negociações inviáveis. Considera-se que a irrupção do novo precisa ser sempre domesticada e marcada pelo positivo, colocando, segundo a lógica dos meios e fins, um conjunto de objetivos que, no fim das contas, efetivam um projeto de poder. Os próprios episódios de ocupação recentes no Brasil mostram que não são somente os afetos revolucionários que movem as multidões: o ressentimento e a raiva também agregam. A questão é delicada, mas sua tematização é urgente ao nos permitir ver de outros modos o que (nos) acontece. Pensar o acontecimento e a catástrofe aqui pode ser também pensar o menor (Deleuze) ou a inoperosidade (Agamben). Talvez o não dos novos movimentos não seja uma falta a suprir, mas a recusa que é, como um menos, devir revolucionário.
Sief – Debaixo da Ponte: O Coque como Zona Livre de Pensamento
13/09 (Quarta feira), 14h – 17h
O SIEF aportará na comunidade do Coque, um lugar atópico, uma zona de turbulência varrida pelo vento de todos os desejos, uma zona de reverberações e lampejos a fim de nos co-mover em direção a outras formas de pertença. O Coque é um lugar que não é o nosso. Não ainda. Mas que juntos podemos ocupar, fazendo tanto a filosofia como a educação máquinas de guerra contra os processos de estigmatização, crimininalização e expulsão dos povos menores, criando uma zona de experimentação em torno da ontologia política dos direitos ao território. Debaixo da Ponte é um evento artístico-cultural que tem como política lembrar que as periferias constroem outras formas de serem elas mesmas. Muitas das favelas da cidade de Recife nasceram não só do reaproveitamento da estrutura de concreto de suas pontes e viadutos para se apararem da chuva e do sol, mas do poder estético de fazer nascer vida onde essa não existia. Essa é a forma das periferias resistirem, se reinventado nos espaços mais inimagináveis como são as pontes sujas e cinzas do Recife. Se há quem só consegue ver Debaixo das Pontes moradias precárias, há, Debaixo das Pontes, populações que têm a coragem de ensinar ao restante da cidade a possibilidade de viver de outras formas, a possibilidade de resistir.
PhiloComum - Produção compartilhada de um áudio-pensamento-visual
13/09 (quarta-feira), 17h - 18h30
Acreditamos que tanto os (a)mares como os ri(s)os nunca se esgotam em um evento. Propomos, ao longo do VII SIEF, a produção de um audiovisual não como registro fático do evento, mas como uma variação possível do mesmo. Fazer da imagem um lugar de passagem, onde as experiências e experimentações do evento possam ganhar outras vidas em relação às encenações que pensamos fazer com as imagens dos nossos convidados. Um ensaio onde proliferem as alianças com as forças da catástrofe enquanto um afeto maquínico que atravessará o audiovisual, mas também o livro que surgirá das oficinas, mesas e comunicações.
Tenda Nômade
13/09 (Quarta feira), 19h – 21h
Confraternização com jantar solidário, música, performances e dança.
Maximiliano Lopez (UFJF) e Thereza Didier (UFPE)
11/09 (segunda-feirCa), 19h – 21h
Em O Ato de Criação, Deleuze (1987) se pergunta: O que é ter uma ideia em cinema? O que é ter uma ideia em filosofia? O que significa ter uma ideia? Nós, prosseguimos e perseguimos com suas questões: O que é ter uma ideia em educação? O que acontece quando um educador tem vontade de filosofar ou quando um filósofo tem vontade de educar? O que acontece quando filósofos e educadores têm também vontade de fazer cinema? O que acontece quando se dão esses encontros e esses desejos? E o que viver junto pode ter a ver com isso? O CinePhilo busca colocar o ordinário da educação sobre um plano de abertura produzido pelo cinema pensado como arte de desfazer as correspondências entre ver e falar, entre conteúdo e expressão, criando assim outros modos de pensar em educação a partir do ato de tornar indiscernível a verdade e a ficção, falseando o que é considerado verdadeiro e produzindo discursos que permitam falar os povos futuros, habitantes de um deserto sem sujeitos.
Aula Aberta: Movimentos aberrantes do pensamento e as políticas do fim do mundo
Peter Pál Pelbart (PUC-SP)
12/09 (terça-feira), 19h – 21h
Resumo: Para onde apontam as manifestações políticas recentes? Como enxergar a evidente recusa apresentada pelos movimentos de resistência e suas lutas no fim do mundo? A ideia aqui é problematizar a dificuldade que as políticas de educação e sua reflexão filosófica têm para lidar com as novas formas de protestos, suas pautas e negociações inviáveis. Considera-se que a irrupção do novo precisa ser sempre domesticada e marcada pelo positivo, colocando, segundo a lógica dos meios e fins, um conjunto de objetivos que, no fim das contas, efetivam um projeto de poder. Os próprios episódios de ocupação recentes no Brasil mostram que não são somente os afetos revolucionários que movem as multidões: o ressentimento e a raiva também agregam. A questão é delicada, mas sua tematização é urgente ao nos permitir ver de outros modos o que (nos) acontece. Pensar o acontecimento e a catástrofe aqui pode ser também pensar o menor (Deleuze) ou a inoperosidade (Agamben). Talvez o não dos novos movimentos não seja uma falta a suprir, mas a recusa que é, como um menos, devir revolucionário.
Sief – Debaixo da Ponte: O Coque como Zona Livre de Pensamento
13/09 (Quarta feira), 14h – 17h
O SIEF aportará na comunidade do Coque, um lugar atópico, uma zona de turbulência varrida pelo vento de todos os desejos, uma zona de reverberações e lampejos a fim de nos co-mover em direção a outras formas de pertença. O Coque é um lugar que não é o nosso. Não ainda. Mas que juntos podemos ocupar, fazendo tanto a filosofia como a educação máquinas de guerra contra os processos de estigmatização, crimininalização e expulsão dos povos menores, criando uma zona de experimentação em torno da ontologia política dos direitos ao território. Debaixo da Ponte é um evento artístico-cultural que tem como política lembrar que as periferias constroem outras formas de serem elas mesmas. Muitas das favelas da cidade de Recife nasceram não só do reaproveitamento da estrutura de concreto de suas pontes e viadutos para se apararem da chuva e do sol, mas do poder estético de fazer nascer vida onde essa não existia. Essa é a forma das periferias resistirem, se reinventado nos espaços mais inimagináveis como são as pontes sujas e cinzas do Recife. Se há quem só consegue ver Debaixo das Pontes moradias precárias, há, Debaixo das Pontes, populações que têm a coragem de ensinar ao restante da cidade a possibilidade de viver de outras formas, a possibilidade de resistir.
- Lançamento do número Zero da revista desqualificada Traficantes de Dons
- Narramundo Debaixo da Ponte
- Apresentação de Cordelistas e de Poetas Marginais
- Apresentação das Bandas musicais Palafita, Matéria Bruta e BatuCoque
- Distribuição de fanzines
- Venda e pintura de camisas
- Grafitagem e performances
PhiloComum - Produção compartilhada de um áudio-pensamento-visual
13/09 (quarta-feira), 17h - 18h30
Acreditamos que tanto os (a)mares como os ri(s)os nunca se esgotam em um evento. Propomos, ao longo do VII SIEF, a produção de um audiovisual não como registro fático do evento, mas como uma variação possível do mesmo. Fazer da imagem um lugar de passagem, onde as experiências e experimentações do evento possam ganhar outras vidas em relação às encenações que pensamos fazer com as imagens dos nossos convidados. Um ensaio onde proliferem as alianças com as forças da catástrofe enquanto um afeto maquínico que atravessará o audiovisual, mas também o livro que surgirá das oficinas, mesas e comunicações.
Tenda Nômade
13/09 (Quarta feira), 19h – 21h
Confraternização com jantar solidário, música, performances e dança.